Rota de Fuga

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Passamos nossas vidas inteiras presos em cadeias pessoais
Somos impacientes, críticos, egocêntricos e sempre procuramos paz
Não notamos que são felizes aqueles dão risadas de suas tolices
Porque é dessas risadas que encontram a rota de fuga da mesmice
Criticamos tudo, e na crítica achamos a nossa autoconfiança
Não gostamos de elogiar, mesmo que elogiando venha a segurança
Somos tão egocêntricos que não percebemos as outras misérias
Nosso sofrimento será sempre o maior, não abrimos nossas mentes para nova ideias
Mas por que será que não podemos por uma vírgula onde se tem um ponto final?
Será que a morte é o fim ou o início de uma vida magistral
Não damos conta da nossa pequenez
Pudera, diante tamanha insensatez
Escrevemos de tudo, lotamos gigantescas bibliotecas
Todavia, nunca soubemos que vida é essa
Procuramos sempre pelas mesmas respostas
E o que nos vem são as mesmas perguntas remotas
Enclausurados e alienados, achamos que tudo gira ao nosso redor
O que não percebemos é que sempre há uma força maior
Como já me disseram uma vez, existe algo que permeia tudo a sua volta
E é em sua resposta que encontramos a nossa revolta
O medo move as multidões, e o mesmo é o combustível da fé
A sabedoria chega a deixar-nos de cabelo em pé
A vida é como uma peça de teatro interminável
Nós somos eternos atores
E nós nunca sabemos o que esperar do final

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