Presidiário

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Seus olhos já estão secos
A enxurada de lágrimas passou
Seus olhos agora estão presos
Fixos em algo que já passou
E ela cai, levanta, desmonta
Uma boneca de pano que sonha
A cabeça, uma armadilha de aço
O coração, preso por um laço
Os olhos são faróis apagados
Sem destino, sem luz
Melancolicamente ela vai vivendo
Esperando algo que nunca vai chegar
As paredes se curvam para vê-la passar
Passeando, na rua das memórias, nunca vai se esquecer
Do que passou, do que já acabou
Surfando nas monótonas ondas de calor
Derretendo, fervendo, suando, cansando
Do amor, longe, o sentimento passou
Nas monótonas ondas de calor
O farol está derretido e quebrado
Depedaçado, nada é mais passado
Será que aguentas a dor até o fim?
Carros parados fazem parte de mim
Ah sim, Ah sim.

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